Tirania de Pisístrato

Tirania de Pisístrato

O desenvolvimento político das poleis gregas foi desigual. Enquanto Esparta mantinha-se oligárquica e conservadora, Atenas estava, depois das reformas de Sólon, na vanguarda da civilização grega. Todos os cidadãos participavam da Assembleia Ateniense, embora não tivessem acesso igualitariamente aos cargos públicos. Isso gerou uma insatisfação dos cidadãos pobres, fortalecendo o Partido Democrático. Esse partido, liderado pelos demagogos, queria acabar com o poder da aristocracia. Apoiado pela massa urbana, Pisístrato, um dos líderes éticos, tomou o poder, instaurando uma em Atenas.

Durante seu governo, Pisístrato limitou os poderes da aristocracia, confiscando terras e distribuindo-as entre os pequenos proprietários. Além de terras, concedeu empréstimos estatais para fomentar a agricultura. Em benefício aos mercadores e artesãos, seu governo deu impulso às construções navais, transformando Atenas num poderoso Estado marítimo. O comércio ateniense expandiu-se pelo Mar Egeu e houve um grande progresso do artesanato na Ática. Com a debilidade da aristocracia, estabeleceu-se um novo bloco dominante no poder, composto pelos mercadores, artesãos e camponeses ricos.

Pisístrato transformou Atenas em uma potência na política grega colonial e internacional. Com sua morte, em 527 a.C., seus filhos Hípias e Hiparco continuaram sua obra. Uma conspiração, porém, causou a morte de Hiparco e forçou Hípias a tomar medidas repressivas. Com isso, ele perdeu o apoio da maioria e foi deposto por exilados pertencentes à nobreza, aliados aos democratas de Atenas e com o auxílio de Esparta.

Atualizado em: 04/07/2023 na categoria: História Geral