Características do Nazifascismo

As características principais do nazifascismo nos países em que se instaurou foram semelhantes, principalmente na Itália e Alemanha, sob a forma de fascismo e nazismo, respectivamente. Eram regimes totalitários, baseados no nacionalismo, militarismo, corporativismo, expansionismo, anticomunismo, anti-liberalismo, antissemitismo e superioridade racial.

O totalitarismo ou anti-liberalismo tratava da subordinação total dos indivíduos ao Estado: Como afirmava Mussolini, o ditador fascista da Itália: “Nada deve haver acima do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”.

Com o nacionalismo, a nação representava a forma suprema de desenvolvimento e organização das sociedades. Os interesses entre nações encontravam-se em conflito permanente. “Tudo, absolutamente tudo, deve contribuir para reforçar as bases raciais que asseguram o desenvolvimento da nação…” (Hitler).

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O militarismo pregava que a expansão é uma necessidade inerente à vida das nações e seu instrumento é a guerra, que fortalece os indivíduos e regenera o povo. “Mesmo neste momento, tenho a sublime esperança de que um dia chegará a hora em que essas tropas desordenadas se transformarão em batalhões, os batalhões em regimentos e os regimentos em divisões…” (Hitler).

Os sindicatos representavam o corporativismo. Nessas corporações, patrões, empregados e representantes do Estado encarregavam-se de planejar a produção e decidir sobre os conflitos entre capital e trabalho. “Ao contrário das velhas organizações que vivem fora do Estado, os nossos sindicatos fazem parte do Estado.” (Mussolini). O corporativismo foi típico da Itália, assumindo outras características na Alemanha.

Para os alemães norteados pelo expansionismo, a agressão aos outros países era justificada pela teoria do “espaço vital”, necessário ao desenvolvimento do povo alemão, e orientada em direção à União Soviética. Para os italianos, o expansionismo era justificado como forma de restabelecer o poderio do Império Romano. “O movimento nacional-socialista terá de encontrar coragem para, desprezando tradições e preconceitos, congregar o povo e as suas forças para a marcha pela estrada que nos libertará de nosso estreito habitat atual…”.

O anticomunismo pregava a aniquilação física dos comunistas internamente e a destruição da União Soviética, ações que eram consideradas fundamentais para o desenvolvimento nazi-fascista. “Defender os produtores significa combater os parasitas. Os parasitas do sangue, em primeiro lugar os socialistas, e os parasitas do trabalho, que podem ser burgueses ou socialistas…” (Mussolini).

O ideal da superioridade racial esteve mais presente na Alemanha. O nazismo pregava que a raça ariana, representada pelos alemães, estava destinada a dominar as raças inferiores, representadas pelos judeus, negros, eslavos e outros povos considerados inferiores. “Aqueles que governam devem saber que têm o direito de governar porque pertencem a uma raça superior.” (Hitler).

O antissemitismo era um ideal forte do nazismo. Através dele pregava-se o ódio e a perseguição aos judeus.

O nazifascismo não ficou restrito à Itália e à Alemanha, instalando-se sob as formas diversificadas em países de outros continentes. Na Europa assumiu o poder em Portugal, Espanha, Áustria, Bulgária, Polônia e Hungria, entre outros. Na Ásia, o militarismo japonês foi considerado por alguns historiadores como uma variante do fascismo.

Atualizado em: 04/07/2023 na categoria: História Geral